Juízes em formação recebem avaliação de estágio supervisionado

Os Juízes Federais Substitutos aprovados no XVIII Concurso iniciaram em 8 de janeiro as aulas práticas do Curso de Formação Inicial. Após cerca de dois meses de aulas teóricas, os cursistas têm agora a oportunidade de acompanhar o dia a dia na Justiça e de realizar audiências nas varas federais, sob a supervisão de um magistrado. Os primeiros estágios foram nas áreas cível e previdenciária.
No dia 16 pela manhã, os juízes em formação tiveram o primeiro encontro para feedback relativo ao módulo prático no Fórum Cível Pedro Lessa. Presidido pelo Desembargador Federal Carlos Muta, Diretor da EMAG, o encontro de feedback contou com a participação da Juíza Federal Leila Paiva Morrison, coordenadora do módulo prático cível, e dos juízes formadores Victório Giuzio Neto, Djalma Moreira Gomes, Marco Aurélio de Mello Castriani, José Carlos Francisco, Diana Brunstein, Marcelo Guerra Martins e Regilena Emy Fukui Bolognesi.
A atividade, inovação do atual Curso de Formação Inicial, tem como objetivo propiciar a troca de experiências entre os juízes em formação, juízes formadores, coordenação e direção da EMAG. Além de compartilhar saberes e conhecimentos técnicos, o encontro permitiu o relato de vivências práticas para o aprimoramento da formação do magistrado e para a própria avaliação dos formadores e do módulo prático.
Na oportunidade foram discutidas as experiências do primeiro estágio supervisionado, em que os magistrados tiveram contato com atividades de gabinete, envolvendo atendimento de advogados, despachos de liminares e prolação de sentenças, além de interação com os servidores da secretaria e com as rotinas processuais das varas cíveis.
Na semana seguinte, reunidos na manhã do dia 24, na EMAG, os juízes compartilharam suas experiências e ouviram a avaliação dos formadores do módulo de prática previdenciária. Presidido pelo Diretor da EMAG, o encontro teve a participação da Juíza Federal Giselle de Amaro e França, coordenadora do estágio previdenciário, e dos Juízes Federais formadores Ricardo de Castro Nascimento, Márcia Hoffmann do Amaral e Silva Turri e Leila Paiva Morrison. Na oportunidade, a coordenadora do módulo elogiou o desempenho dos cursistas e afirmou que todos se mostraram prontos para atuar como juízes.
Ao comentar sua experiência como formador, o Juiz Federal, Ricardo de Castro Nascimento destacou que o juiz previdenciário lida com a questão social, o que requer uma sensibilidade diferente. “Vocês representam o Judiciário para a vida daquelas pessoas. É um exercício de humildade que o juiz tem de fazer ao se colocar na posição do jurisdicionado para entender aquele conflito”.
A Juíza Federal Márcia Hoffmann disse que o papel do formador se assemelha ao papel dos pais quando percebem que a criança consegue andar sozinha. Na sua avaliação, os formandos estão aptos para começarem a própria trajetória.
Para a Juíza Federal Leila Paiva, foi uma experiência gratificante saber que, além de serem preparados tecnicamente, os novos juízes demonstraram sensibilidade com a causa previdenciária durante as audiências.
Estimulados a se manifestarem, os magistrados compartilharam suas impressões, dúvidas e aprendizado adquirido. O Juiz Federal substituto Fernando Dias de Andrade destacou a dedicação dos formadores. O Juiz Federal Substituto Ewerton Teixeira Bueno elogiou o acompanhamento dado pela Juíza Federal Márcia Hoffmann, que, segundo ele, orientou por meio de exemplos. “Saiba que fez a diferença em nossas vidas”, declarou.
O Desembargador Federal Carlos Muta, Diretor da EMAG, destacou a importância da prática previdenciária e do feedback dessa atividade para a Escola e para os formadores, pois, “a troca de experiências cria uma rede compartilhamento. São lições de vida”.
O próximo estágio será nos Juizados Especiais Federais sob a coordenação da Juíza Federal Kátia Hermínia Martins Lazarano. Na sequência, ocorrerão as práticas supervisionadas nas varas de execuções fiscais e criminais.